Vítima tentou fugir de carro, mas bateu em uma árvore e foi alcançado pelo suspeito. Mulher da vítima viu quando marido foi morto a tiros pelo irmão, segundo o delegado.
O agricultor que confessou ter matado a tiros o cunhado, Juliano Peterson Souza Durigon, de 46 anos, tinha uma “briga antiga” com a vítima, como descreveu o delegado do caso, Adelson Candeo. Os dois tinham um histórico de desentendimentos por conta de herança, dinheiro e convivência familiar. Entenda abaixo como o suspeito agiu.
“Eles tinham um problema um com o outro, então eles ficavam arrumando confusão com tudo. Era diária a briga e a confusão entre eles.”, disse o delegado.
O crime aconteceu na terça-feira (8). Vanderley foi localizado no dia seguinte, na quarta-feira (9), às margens da GO-050, na mata próximo à fazenda onde mora, em Rio Verde. O delegado afirmou que suspeito e vítima moravam em fazendas vizinhas, divididas por uma cerca.
A defesa do suspeito Vanderley Sousa Cruvinel informou ao g1 que ele está preso e colaborando com as autoridades. O advogado Jefferson Silva Borges também explicou que “se colocou à disposição da Justiça, contribuindo com as investigações (confira nota completa ao fim do texto).
Testemunha
A esposa da vítima e irmã do acusado foi testemunha do ocorrido. De acordo com o delegado, ela teria informado que “percebeu o irmão indo em direção ao marido dela com uma arma e dizendo: ‘Vou te ensinar a bater na cara de homem’”.
Juliano correu do acusado e entrou na caminhonete, mas ao manobrar o veículo, bateu em uma árvore, o que fez com que a porta do lado do motorista não abrisse, informou Adelson. Enquanto isso, o suspeito atirava contra o carro, de acordo com o relato. Assim, Juliano saiu pela porta do passageiro e correu, quando recebeu um tiro no tórax e morreu, afirmou o delegado.
O número de tiros que atingiram a vítima e o carro só pode ser confirmado após a conclusão da perícia, informou o delegado.
Herança e brigas
A herança deixada pelo pai do acusado e sogro da vítima é uma propriedade rural, informou o delegado. Os dois discutiam o valor que cada um teria direito, já que teriam negócios mal resolvidos. Segundo o delegado, a discussão entre os dois se intensificou após Vanderley emprestar um cheque para Juliano, e o acusado alega não ter recebido o dinheiro. Não há informações sobre o valor do empréstimo.
Além disso, o acusado afirma, segundo o delegado, que Juliano não gostava do sogro e falava mal dele. Por isso, Vanderley via como um problema a divisão da herança e considerava que Juliano queria se beneficiar deste valor.
Vítima
Juliano Peterson Souza Durigon, de 46 anos, deixou um filho de 21 anos, segundo o delegado. Ele era autônomo e comandava um bar e distribuidora em Rio Verde.