Dos cinco tiros que atingiram o policial, o único projétil encontrado no corpo dele foi retirado do peito. A munição, segundo a perícia, pertence à própria polícia.
Um laudo de balística da Polícia Científica concluiu que o policial militar Leandro Gadelha da Silva, morto durante um confronto em Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal, foi atingido por uma bala disparada por outro policial.
O resultado do laudo foi divulgado na quarta-feira (13). Segundo o documento, Leandro foi atingido por cinco disparos: dois no peito, um na perna, um no braço e outro no antebraço. O único projétil que foi encontrado no corpo do policial foi retirado do peito. A munição, segundo a perícia, pertence à própria polícia.
O resultado do laudo foi enviado para a Gerência Executiva de Correições e Disciplina da Polícia Militar, e para o Grupo de Investigação de Homicídios de Novo Gama. Em nota, a PM informou que está colaborando com as investigações e fornecendo as informações necessárias para esclarecer os fatos.
À TV Anhanguera, a defesa do policial acusado de dar o disparo no próprio colega, disse que vai aguardar o resto da investigação para se pronunciar.
Tiro acidental
Fotos mostram onde policial militar foi baleado e o único projétil retirado do corpo dele — Foto: Reprodução/Laudo da Polícia Científica
Mesmo com essa informação, a Polícia Civil indiciou quatro suspeitos envolvidos na ocorrência por homicídio e tentativa de homicídio. A explicação que consta no relatório é que eles “estavam envolvidos em uma negociação de arma de fogo, que evoluiu para uma troca de tiros” entre um dos suspeitos e os policiais, e acarretou na morte de Leandro Gadelha e em outro homem baleado (entenda mais abaixo).
O caso corre em sigilo no Tribunal de Justiça de Goiás. O g1 entrou em contato com dois dos cinco advogados que atuam no caso, mas não houve retorno até a última atualização da reportagem. O portal não localizou contato dos outros três advogados habilitados.
O confronto aconteceu no dia 22 de julho deste ano. A Polícia Civil explicou que, segundo os policiais militares, quando a equipe entrou no local onde os suspeitos estavam negociando armas de fogo, foram recebidos disparos de arma de fogo. Mas, os policiais afirmam que não conseguiram identificar qual dos suspeitos teria atirado.
Os homens que estavam no local foram presos pela equipe da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam). Na ocasião, haviam cinco pessoas no local, sendo que uma delas ficou ferida e foi levada para uma unidade de saúde em Anápolis. Os demais foram presos em flagrante e, posteriormente, indiciados pela Polícia Civil por homicídio.