Quinta-Feira, 21 de Novembro de 2024

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Segunda-Feira, 18 de Novembro de 2024
POR: Equipe Valle
Justiça condena prefeito eleito de Campestre de Goiás por divulgar pesquisa irregular
Justiça Eleitoral

Uma decisão da Justiça Eleitoral, divulgada nesta segunda-feira, 18, condenou o prefeito eleito de Campestre de Goiás, Esmeraldo Correia Guimarães, por divulgação de pesquisa eleitoral irregular nas eleições de 2024. A sentença proferida pela Juíza Eleitoral Zulailde Viana Oliveira, da 20ª Zona Eleitoral de Palmeiras de Goiás, determinou multa de R$ 53.205,00 ao prefeito e ao instituto responsável pela pesquisa, o IPOP Cidades e Negócios

 

O processo apontou irregularidades graves na pesquisa, como a ausência de dados obrigatórios sobre o perfil dos entrevistados e a falta de envio do relatório completo com os resultados. Apesar de Esmeraldo alegar não ser responsável pela contratação da pesquisa, a Justiça comprovou que ele divulgou ativamente os resultados em suas redes sociais.

 

Ele também está envolvido em uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) por abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio. De acordo com os autos do processo, Esmeraldo e sua equipe teriam oferecido vantagens financeiras e ameaçado eleitores para angariar apoio político durante a campanha de 2024. 

 

Em um caso registrado, um cabo eleitoral ligado ao candidato teria prometido R$ 500,00 e o pagamento do IPVA de um veículo, além de intimidar um eleitor ao mencionar a possível perda de um terreno doado pela prefeitura, caso ele não apoiasse o então candidato. 

 

A AIJE, que tramita com base nos artigos 22 e 41-A da Lei Complementar nº 64/90 e na Lei nº 9.504/97, requer a cassação do registro ou diploma de Esmeraldo e sua inelegibilidade pelos próximos oito anos.

 

Essa condenação levanta questionamentos sobre a integridade do processo eleitoral e o impacto da decisão na legitimidade da gestão de Esmeraldo, marcada para começar em 2025. Para o cenário político local, a sentença reforça o papel da fiscalização eleitoral e evidencia a necessidade de maior transparência nas campanhas.