Um operação realizada em Goiás mira uma quadrilha que aplicava o chamado golpe do boleto em todo o país. Nesta terça-feira (21/1), foram cumpridos 6 mandados de prisão e 26 mandados de busca e apreensão na chamada Operação Código de Barras, nas cidades de Goiânia, Iporá, Trindade, Itaguaru e Israelândia. As investigações apontam que a organização criminosa utilizava contas bancárias de “laranjas” para receber os valores obtidos com o estelionato.
A ação conjunta entre a Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR), em apoio à Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, descobriu que a organização criminosa era liderada a partir da cidade de Goiânia, onde se localizava a célula central do grupo. Os criminosos atuavam utilizando tecnologia avançada e estratégias elaboradas para falsificar boletos bancários e distribuí-los às vítimas, além de contar com uma rede de pessoas e contas bancárias para recebimento dos proveitos do crime.
As equipes policiais realizaram buscas nas cidades de Iporá, Trindade, Itaguaru e Israelândia, incluindo a capital goiana, onde encontraram as pessoas que haviam cedido suas contas bancárias para que o grupo criminoso recebesse os valores obtidos com o golpe. Ao mesmo tempo, os mandados de prisão estavam sendo cumpridos contra os suspeitos que ficavam com o dinheiro desviado das vítimas.
Durante a operação foram apreendidos documentos, dispositivos eletrônicos e outros materiais que serão analisados para aprofundar as investigações. De acordo com a Polícia Civil, a quadrilha conseguia enganar as vítimas ao emitir boletos com dados falsificados, que eram pagos por pessoas desavisadas, acreditando que estavam quitando dívidas legítimas. Esses boletos eram direcionados a contas bancárias de laranjas, dificultando a rastreabilidade dos criminosos.
A operação, que mobilizou 130 agentes, teve como objetivo não apenas prender os responsáveis diretos pelos golpes, mas também identificar a estrutura completa da organização. O trabalho continua para identificar novas vítimas e ampliar o alcance das investigações.
Os suspeitos poderão responder por crimes de estelionato, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro. A Polícia Civil orienta a população a ficar atenta a boletos bancários suspeitos e a sempre verificar a procedência dos mesmos antes de realizar qualquer pagamento.