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Terça-Feira, 21 de Janeiro de 2025
POR: Equipe Valle
Operação da Policia Civil em Goiás mira quadrilha que aplicava golpe do boleto
Policia
Criminosos que usavam contas laranjas para receber valores desviados das vítimas
 
Mandados de prisão são cumpridos em várias cidades de Goiás, desarticulando uma rede criminosa que aplicava golpes bancários (Divulgação PCGO)
 

Um operação realizada em Goiás mira uma quadrilha que aplicava o chamado golpe do boleto em todo o país. Nesta terça-feira (21/1), foram cumpridos 6 mandados de prisão e 26 mandados de busca e apreensão na chamada Operação Código de Barras, nas cidades de Goiânia, Iporá, Trindade, Itaguaru e Israelândia. As investigações apontam que a organização criminosa utilizava contas bancárias de “laranjas” para receber os valores obtidos com o estelionato.

 

A ação conjunta entre a Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR), em apoio à Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, descobriu que a organização criminosa era liderada a partir da cidade de Goiânia, onde se localizava a célula central do grupo. Os criminosos atuavam utilizando tecnologia avançada e estratégias elaboradas para falsificar boletos bancários e distribuí-los às vítimas, além de contar com uma rede de pessoas e contas bancárias para recebimento dos proveitos do crime.

 

As equipes policiais realizaram buscas nas cidades de Iporá, Trindade, Itaguaru e Israelândia, incluindo a capital goiana, onde encontraram as pessoas que haviam cedido suas contas bancárias para que o grupo criminoso recebesse os valores obtidos com o golpe. Ao mesmo tempo, os mandados de prisão estavam sendo cumpridos contra os suspeitos que ficavam com o dinheiro desviado das vítimas.

 

Durante a operação foram apreendidos documentos, dispositivos eletrônicos e outros materiais que serão analisados para aprofundar as investigações. De acordo com a Polícia Civil, a quadrilha conseguia enganar as vítimas ao emitir boletos com dados falsificados, que eram pagos por pessoas desavisadas, acreditando que estavam quitando dívidas legítimas. Esses boletos eram direcionados a contas bancárias de laranjas, dificultando a rastreabilidade dos criminosos.

 

A operação, que mobilizou 130 agentes, teve como objetivo não apenas prender os responsáveis diretos pelos golpes, mas também identificar a estrutura completa da organização. O trabalho continua para identificar novas vítimas e ampliar o alcance das investigações.

 

Os suspeitos poderão responder por crimes de estelionato, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro. A Polícia Civil orienta a população a ficar atenta a boletos bancários suspeitos e a sempre verificar a procedência dos mesmos antes de realizar qualquer pagamento.