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Salomão morreu na tarde de terça-feira (18), após ser deixado trancado e com vidros fechados dentro de carro, por quatro horas, pela dona da creche que frequentava, Flaviane Lima. A empresária também era a responsável por pegar o menino em casa e levá-lo ao berçário. Ela está presa.
Em nota, a defesa da dona da creche disse que a empresária está "está profundamente abalada, vivendo o pior momento de sua vida". O advogado Giovanni Caldas Vieira Machado escreveu ainda que a mulher fez cursos em primeiros-socorros e que tentou salvar a criança. "Não houve qualquer intenção, qualquer descuido consciente ou negligência deliberada", afirmou ainda a defesa (confira a nota completa ao final da matéria).
Entenda o caso
Durante a audiência de custódia, Flaviane contou que, quando chegou ao berçário, entrou e deixou a criança no banco de trás do veículo, presa na cadeirinha. "Desci na porta do berçário e entrei. Eu subi e fiz minha rotina por volta de quatro horas", detalhou.
Em depoimento à Polícia Civil, a empresária afirmou que iria receber três novas crianças e, por estar focada nisso, se esqueceu do menino. Uma dor de cabeça fez a dona da creche voltar ao carro para ir para casa (veja o vídeo do depoimento abaixo).
"Falei para uma das tias que eu ia embora, pois estava com muita dor de cabeça. Quando eu abri o carro, o Salomão dobrou o corpinho dele na cadeirinha. Quando vi, desamarrei rápido da cadeirinha e levei ele para dentro. A gente ligou para os bombeiros. Eu tentei fazer os primeiros socorros, mas a gente percebeu ali que ele já não estava mais", declarou em depoimento.
Quando a dona da creche percebeu o que havia ocorrido, acionou o Corpo de Bombeiros. Salomão foi levado para o Hospital Sagrado Coração de Jesus, mas não resistiu.
De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), naquela tarde, a temperatura na cidade era de 33.5 ºC.